Hugo Cisneiros (Eitch), hugo arroba devin ponto com ponto br
Versão 4.0, 2006
Índice
Como existem centenas de distribuições diferentes, cada uma com suas instruções de instalação específicas, resolvi não detalhar essas instalações. O que posso fazer aqui por vocês é lhes mostrar algumas características comuns para todas as distribuições. Uma delas é o particionamento de disco, tratado anteriormente. Mas existem mais, então aqui vão algumas dicas!
O ideal é você dar uma lida nesse tópico e ir instalar a sua distribuição. Durante a instalação você verá algumas coisas que foram descritas aqui e poderá consultar e confirmar o seu aprendizado! Com o tempo, uma instalação de Linux será a coisa mais fácil que você poderá fazer ;)
Caso você esteja utilizando a instalação a partir de CDs, é sempre bom você verificar a mídia para ver se está tudo certo com ela, ou então você pode acabar com problemas bizarros e estranhos na instalação, ou até com pacotes corrompidos depois da instalação. Ninguém quer isso :P
Geralmente os sites com as distribuições contém arquivos de verificação, em MD5 ou SHA1. Se você está no Windows, pode tentar estes programas para verificar seus arquivos e CDs:
MD5:
http://downloads.activestate.com/contrib/md5sum/Windows/
SHA1
O que é um sistema de arquivos? Simplificando para quem não sabe, é o tipo de armazenamento de arquivos de um sistema operacional. Ou seja, é a forma com que funcionam os arquivos, a criação deles, remoção e por aí vai.
Existem vários tipos de sistemas de arquivos para sistemas operacionais diferentes. No DOS por exemplo, o sistema era FAT16. Depois com versões posteriores do Windows, veio o FAT32 e o NTFS. É claro que você não vai usar esses daí porque não estamos aqui por causa do Windows né? ;) No Linux, há alguns sistemas de arquivos disponíveis, como por exemplo: ext2, ext3, ReiserFS, JFS, XFS. Cada um com suas características.
A característica mais importante nos sistemas de arquivos atuais é o Journaling. Com o Journaling, seus arquivos ficam mais seguros (não corrompem) quando há queda de energia enquanto alguma coisa em seu disco está em bastante atividade. Dos que eu citei, apenas o ext2 não tem essa característica (o ext3 é o ext2 com journaling).
Em toda instalação, o programa geralmente pede que tipo de sistema de arquivos você quer. Na dúvida ou nas primeiras vezes, você pode utilizar o ext3, que é o padrão na maioria das distribuições. Mas caso queira mexer com algo mais e ver as diferenças, experimente utilizar as outras ;)
A memória swap é a memória virtual: quando o sistema está usando bastante a sua memória RAM, ele começa a usar o HD para servir como armazenamento de memória. Com isso os programas continuam a funcionar (mais lentos, pois o HD é muito mais lento do que memória RAM) sem interrupção.
O Linux utiliza uma partição como sua partição swap e formata de um jeito especial. É sempre recomendado você colocar o dobro da sua memória RAM na partição SWAP. Se você tem 256MB de RAM, faça uma partição de 512MB. Se tiver 512MB, faça uma de 1GB. Agora se você 1GB de memória RAM ou mais, pode colocar apenas 1GB de memória RAM pois provavelmente você nem vai precisar usar o swap muito :)
Ao instalar uma distribuição você geralmente tem duas (mas não apenas duas) opções importantes: uma é instalar tudo dos CDs e a outra é instalar o básico e instalar o resto depois da instalação via Internet por exemplo. A segunda opção é comum em distribuições como o Debian.
No nosso primeiro caso, você vai ser apresentado a perfis de instalação. Cada perfil tem seus pacotes pré-definidos. Escolha o que melhor adequar ao seu ambiente de uso.
Mas lembre-se que caso você queira aprender mais sobre os programas e pacotes que vem na distribuição, é legal você selecionar de uma lista mais detalhada quais programas você quer ou não. A lista pode ser extensa e você pode demorar muito mais vendo item por item, mas no final é gratificante. Tudo depende do seu tempo e interesse.